Reflexão sobre o Tema
Muitas pessoas dizem
que creem em Deus, no entanto, não O conhecem e, consequentemente, não vivem em
comunhão com Ele. O conhecimento que alegam ter, na maioria das vezes, provém
da experiência de terceiros, não dela própria, ou simplesmente por intermédio
da própria família que passa seus conhecimentos de geração à geração.
No Capítulo 4 do
Livro de João, a partir do versículo 7, encontra-se uma narrativa a respeito de
um diálogo entre Jesus e uma mulher samaritana. Nesse colóquio, a mulher
samaritana não negou o desconhecimento a respeito de Deus. No entanto, admitiu
ter recebido esse conhecimento de seus antepassados (v.20) pois menciona ter conhecimento de um
determinado lugar onde o seu povo se dirigia para adorá-Lo.
Ouvindo-a, Jesus afirma que iria chegar um tempo onde não
seria preciso um lugar específico de adoração porque, segundo Ele: “os verdadeiros
adoradores adorararão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a
tais que assim O adorem” (Jo.4:23).
Embora a mulher não
tenha negado o conhecimento a respeito de Deus, não manifestava nenhum
compromisso com Ele, e sua própria condição de vida refletia isso. Mas, a
partir do encontro pessoal que teve com Jesus, recebeu a oportunidade de mudar
a sua história. Não há como permanecer o mesmo depois de uma experiência como
essa.
Jó ao contrário, era homem temente a Deus e
praticante de Sua Palavra, no entanto, faltava um estreitamento no
relacionamento com Deus para que a sua fé fosse firmada. Isso se deu quando ele
teve uma experiência real com Deus e pode contemplar a sua Soberania e
Grandeza. Ao final dessa experiência, Jó teve que admitir: “antes eu te
conhecia só de ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos”
(Jó.42:5).
O que a Bíblia nos ensina, é que não basta
apenas crer na existência de Deus, porque nisso também os demônios acreditam e tremem
de medo (Tg.2:19). Há uma diferença muito grande entre a simples crença e a fé.
A crença não está vinculada com a verdade, por isso dispensa investigação
rigorosa, ela baseia-se apenas na disposição ou convicção de forum íntimo em
relação à possibilidade de acreditar que algo possa ser verídico (Fonte: Dicionário Online).
A verdadeira fé é dinâmica, e por esta razão se
consolida mediante três circunstâncias,
primeiro, pelo conhecimento da Palavra de Deus (Rm.10:17), e em segundo, pela experiência
real com Ele, conforme o relato de Jó e a Samaritana e, posteriormente, pelas
atitudes de segui-Lo em obediência aos seus mandamentos (Jo.14:15; Dt.5:29;
Tg.1:22). Portanto, amados, não basta crer é preciso que haja compromisso com
Ele, para que a sua vontade seja absoluta em nossas vidas, amém!
IMAGENS ESPECIAIS
Obrigado Senhor!
PLANO DE AULA
Tema: Deus – O Grande
Eu Sou
Texto Base: Isaías 44:6b
Versículo para
Memorizar: “Operando
Eu, quem impedirá?” (Is.43:13b).
Objetivos
Ensinar às crianças
sobre a identidade de Deus; Seu papel
na criação; A manifestação do Seu grande
amor; Seus atributos e Seu papel no plano
de salvação;
Introdução
A Bíblia é a Palavra
de Deus revelada a nós por meio da atuação do Espírito Santo que inspirou
homens especialmente escolhidos para esta missão, de nos transmitir a mensagem de Deus e nos revelar o verdadeiro
objetivo da criação. Nesse estudo,
conheceremos um pouco sobre a identidade do autor dessa tão grandiosa
obra, Deus, por meio do qual todas as
coisas foram criadas e tudo se fez. A Bíblia O revela como criador e não como
criatura e, portanto, auto-existente. Ele governa e tem domínio sobre tudo
(Dt.4:39; Gn.1:1; Ne.9:6; Sl.72:18; 89:11; Os.13:4). Apesar de Sua grandeza, Ele
se manifesta a nós como um pai amoroso que se preocupa com nossos sofrimentos e
nos alcança com sua infinita misericórdia.
Procedimento
Iniciar a aula com
dinâmica para integrar o grupo e despertar os sonolentos ou distraídos .
Entoar, pelo menos um cântico de louvor relacionado à temática da aula. Em seguida, apresentar o tema por meio de
imagens que podem ser slides ou outros recursos similares. Suscitar
questionamentos sobre a existência de Deus, ouvir as colocações e, em seguida,
esclarecer os pontos levantados, tendo em mãos um roteiro previamente elaborado
para facilitar o estudo bíblico.
Contação de História –
Contextualização Bíblica
Sua Identidade e Sua Forma
Em Gênese, Deus revela a Sua identidade quando, em
diálogo com Moisés, se auto-denomina
como O Grande Eu Sou, dizendo: “EU SOU O QUE SOU”, (Ex.3:14). Essa expressão remete ao
entendimento de que se trata de alguém que independe de qualquer circunstância,
o que aliás, tem a ver com um dos atributos de Sua personalidade, o de ser ABSOLUTO.
Quanto à sua forma, o
evangelista João nos revela que nunca ninguém viu a Deus (Jo.1:18a), o que
sabemos a Seu respeito foi porque o Seu Filho, Jesus nos fez saber (Jo.1:18b). Deus
é espírito e, portanto, “importa que os
que o adoram, o adorem em espírito e em verdade” (Jo.4:24).
Antropomorfismo
Considerando a nossa
incapacidade de compreendê-LO, quanto à Sua forma, Deus se revela a nós
antropomorficamente, ou seja, como se fosse um homem, fisicamente. A Bíblia nos relata que Moisés falava com Deus
“face à face” (Ex.33:11) dando a entender tratar-se do Seu rosto no sentido
físico, mas na verdade, trata-se de uma relação de intimidade que havia entre
eles. Tanto é assim que logo adiante, no mesmo capítulo, Deus afirma a Moisés:
“Não poderás ver a minha face, porquanto
homem nenhum verá a minha face e viverá” (Ex.33:20).
Em oração
intercessória pelos filhos de Israel, Neemias pede a Deus que: ”Estejam, pois, atentos os teus ouvidos,
e os teus olhos, abertos” (Ne.1:6), referindo-se a atenção que desejava por se
tratar de um assunto extremamente sério. Numa linguagem metafórica para se referir ao poder criador de
Deus, Davi diz que “o Altíssimo levantou a sua voz” (Sl.18:13) e que “do seu
nariz subiu fumaça” (Sl.18:8).
Há, também, em outras
passagens, referências antropormórficas, como: olhos (Jó.28:10), pés Ex.24:10) ou
ainda, demonstrando as atividades
constantes de Deus, ora assentado no trono de glória (1Rs.22:19), voando nas asas do
vento (Sl.18:10) ou em combate nas batalhas (2Cr.32:8; Is.63:1-6) em favor de
seu povo.
Antropopatismo
O antropopatismo é a
tentativa humana de interpretar os sentimentos de Deus, conforme as
experiências que temos e não de fato. Nas Escrituras Deus manifesta sentimentos
tais como: ira (Is.63:6; Na.1:3; Sl.30:5; Sl.106:40), amor (Jo.3:16,1Jo.4:8),
indignação (Sl.18:7b), misericórdia (Sl.25:10), zelo (Ex.34:14), alegria (Ne.8:10),
dentre outros.
Para
ilustrar melhor essa questão, no Antigo Testamento, aparecem algumas situações
em que ocorre o antropopatismo. Vejamos
aqui um pequeno trecho do diálogo entre Deus e Moisés, no tocante a missão que lhe competia realizar junto
ao povo que estava cativo no Egito, mas que por insegurança, devido à sua
gagueira (Ex.4:10), Moisés tentou se esquivar crendo que não conseguiria ser
bem sucedido nessa tarefa. Essa postura provocou a ira do Senhor, que
mandou Moisés chamar Arão, seu irmão, para ser seu intérprete,conforme diz o
texto abaixo:
"Então se acendeu a ira do Senhor contra Moisés, e disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele falará muito bem..." (Ex.4:14-16).
Habitação do Altíssimo
Não há como
dimensionar a grandeza de Deus porque o nosso entendimento é restrito, sabemos apenas
o que nos é revelado através da Bíblia Sagrada e, através do nosso
relacionamento com Ele. Quanto ao lugar provável de sua habitação, a Bíblia nos
diz que Ele habita, não só em trevas
densas e impenetráveis mas também, em luz inacessível (1Cr.29:11; Sl.97:2;
1Tm:6:16). Ou seja, em toda a Sua criação. Não há lugar onde Ele não tenha
total domínio e não possa estar e mesmo assim, o seu olhar atento está sobre o
“pobre e abatido de espírito e que treme diante...” da Sua Palavra (Is.66:1-2).
Não há Ninguém Como o Nosso Deus
Não há Ninguém Como o Nosso Deus
Por mais sábio e inteligente que o homem seja, jamais conseguirá compreender o agir de Deus, conforme o salmista chegou a esta conclusão, porque não há como conhecê-lo completamente (Sl.139:6). A nossa visão humana é restrita e, portanto, somos incapazes de compreender os pensamentos de Deus (Rm.11:33-34). Entretanto, devemos nos esforçar em conhecê-Lo, através do estudo da Palavra, conforme nos orienta o profeta Oséias (Os.6:3), a fim de fazermos a Sua vontade.
A nossa ignorância nos leva, não raras vezes, a questionarmos a Deus, e até mesmo julgarmos que podemos "dar uma ajudinha" para que as coisas saiam de conformidade com o que imaginamos ser o certo.
Jó, embora temente a Deus e tendo com Ele um relacionamento muito próximo, teve a ousadia, vamos dizer assim, de questioná-lo sobre determinados acontecimentos. Em resposta, Deus o fêz recordar com quem ele estava falando e Jó teve que reconhecer a sua insignificância diante da Soberania de Deus. Sua obra é perfeita e Sua sabedoria excede ao nosso entendimento humano. Vejamos um trecho desse diálogo que se encontra no Capítulo 38 do livro de Jó.
“2. As suas palavras
só mostram a sua ignorância, quem é você para por em dúvida a minha sabedoria?
"4.Onde é que você estava quando criei o mundo? Se você é tão inteligente, explique isso". Continua questionando:
12. “Jó, Alguma vez na sua vida você ordenou que viesse a madrugada e assim começasse um novo dia? 13. Você alguma vez mandou que a luz se espalhasse sobre a terra, sacudindo os perversos e os expulsando dos seus esconderijos? 16. Você já visitou as nascentes do mar? Já passou pelo fundo do oceano? 18. Você tem alguma idéia da largura da terra? Responda, se é que você sabe tudo isso! 19. De onde vem a luz, e qual é a origem da escuridão? 20. Você sabe mostrar a elas até onde devem chegar e depois fazer com que voltem outra vez ao ponto de partida? 21.- Sim, você deve saber, pois é bem idoso e ja havia nascido quando o mundo foi criado” (Jó.38:12-21 NTLH).
"4.Onde é que você estava quando criei o mundo? Se você é tão inteligente, explique isso". Continua questionando:
12. “Jó, Alguma vez na sua vida você ordenou que viesse a madrugada e assim começasse um novo dia? 13. Você alguma vez mandou que a luz se espalhasse sobre a terra, sacudindo os perversos e os expulsando dos seus esconderijos? 16. Você já visitou as nascentes do mar? Já passou pelo fundo do oceano? 18. Você tem alguma idéia da largura da terra? Responda, se é que você sabe tudo isso! 19. De onde vem a luz, e qual é a origem da escuridão? 20. Você sabe mostrar a elas até onde devem chegar e depois fazer com que voltem outra vez ao ponto de partida? 21.- Sim, você deve saber, pois é bem idoso e ja havia nascido quando o mundo foi criado” (Jó.38:12-21 NTLH).
Esse discurso
prossegue no capítulo 39 e 40 quando então Deus desafia Jó a uma resposta
definitiva.
“1.Então o Senhor disse: 2.Jó, você desafiou a mim, o
Deus Todo-Poderoso. Vai dessistir ou vai me dar uma resposta? 3. Então, em
resposta ao Senhor Jó disse: 4. Eu não
valho nada: que posso responder? Prefiro ficar calado. 5. Já falei mais do que
devia e agora não tenho nada para dizer” (Jó 40:1-5 - NTLH)
Finalmente Jó
reconhece que a sabedoria humana não é capaz de compreender as coisas de Deus e
que eram infundados os seus questionamentos. Muitas vezes também, somos
presunçosos e agimos de forma semelhante. Jeremias nos ensina o que Deus pensa
a esse respeito.
“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr.9:23,24)
Cometemos muitos
enganos porque o nosso campo de visão é restrito e não nos permite ter clareza
das coisas. Por esta razão, os nossos caminhos nos levam muitas vezes à morte
espiritual (Pv.14:12; 16:25). Mas,
os caminhos do Senhor são perfeitos, porque Ele é onisciente. E assim
sendo, sabe como e porque deve agir dessa ou daquela forma, mesmo que isso nos
deixe confundidos em algumas situações, conforme diz o texto de Isaías:
“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr.9:23,24)
“Porque,
assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais
altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os
vossos pensamentos” (Isaías 55: 8-9)
Atributos Incomensuráveis a Deus – Não podem ser
transferidos ao homem
Deus é uma pessoa e,
como tal, possui características que Lhe são inerentes. Embora as palavras
sejam insuficientes para defini-LO, teológicamente são enumerados alguns
atributos os quais, embora não esgote a Sua essência, nos permite ter uma idéia
a respeito de Sua majestade.
Trindade: Deus é Uno e Trino, porque sendo
um, subsiste em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), sendo Ele, mesmo a
primeira pessoa, o Pai. Todos os atributos divinos aplicam-se a cada pessoa da Trindade
que estão em perfeita harmonia e comunhão entre si, formando apenas uma (Mt.3:16,17;
Mt.28:19; I Jo.5:7).
Perfeição: É o atributo pelo
qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos
(Jó.11:7-10; Mt.5:48).
Eternidade: Deus não tem princípio nem fim, conforme a
noção de tempo cronológico - chronos que conhecemos, porque Ele mesmo criou o
tempo - Kairós (Ex.3:14; Gn.21:22; 2Pe.3:8). O Salmista diz que Ele é “de
eternidade em eternidade” (Sl.90:2) e João nos informa que “Ele tem vida em si
mesmo” (Jo.5:26). Lucas esclarece que a própria vida é um dom de Deus (Atos
17:25). Tudo isso nos leva a crer na Sua auto-existência.
Criador: “Todas as coisas
foram feitas por Ele e sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo.1:3; Sl.135:6).
A Bíblia nos informa que “no princípio criou Deus o céu e a terra” (Gn.1:1) e
que “o firmamento anuncia as obras de
Suas mãos” (Sl.19:1) e o louvam, porque “tudo foi criado por Ele e para Ele”
(Col.1:16), para que pudéssemos glorificá-LO.
Soberania: Não somente criou todas as coisas, mas também exerce controle absoluto sobre a
criação (Sl.135:6) as quais rege e governa , conforme a Sua vontade e perfeição
(Sl.115:3) . O Seu poder é
supremo no universo (Ex.17:16; 1Cr.29:11-12;
Dn.2:21-22), por esta razão, quando Ele decide alguma coisa, não há nada que possa impedi-LO (Is.43:13b). “E Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o
poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque Teu é tudo quanto há no
céu e na terra; Teu é, ó Senhor, o reino” (1Cr.29:11).
Onipotência: Este atributo revela
o poder de Deus na Sua criação e é expresso no nome hebraico El-Shaddai,
que traduzido significa Todo-Poderoso,
indicando que para Ele, nada é impossível (Gn.17:1;18:14; Ex.6:3; 2Co.6:18; Jó.37:23;
Ap.1:8, Is.43:11-13; Sl,115:3). A onipotência de Deus
abrange todas as coisas (ICr.29:12), o domínio sobre a natureza (Sl.107:25-29;
Na.1:5,6; Sl.33:6-9; Is.40:26; Mt.8:27; Jr.32:17; Rm.1:20), o domínio sobre a
experiência humana (Sl.91:1; Dn.4:19-37; Ex.7:1-5; Tg.4:12-15; Pv.21:1;
Jó.9:12; Mt.19:26; Lc.1:37) e o domínio sobre as regiões celestiais (Dn.4:35;
Hb.1:13,14; Jó.1:12; Jó 2:6).
Onipresença: É a capacidade de Deus estar em todos os lugares ao mesmo tempo (Sl.139:7-10). “Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Porventura, não encho eu os céus e a terra? “ (Jr 23.23-24). Na língua hebraica a expressão “o céu e a terra” significa o universo inteiro. Este universo segundo a própria declaração de Deus, está cheio de sua presença.
O
salmista disse: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua
presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que
tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do
mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Salmo 139:7-10).
Conclui-se, portanto, que não há nada que esteja oculto aos olhos de Deus.
Onisciência: É um dos atributos de Deus
que Lhe permite conhecer e saber todas as coisas (1Jo.3:20), sejam passadas,
presentes ou futuras. Para Ele, não há mistério porque nada está oculto e, sendo assim, seus juizos
são perfeitos (Ap.20:12). Se “o além e
o abismo estão descobertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos
dos homens!” (Pv 15. 11). “Os seus olhos estão sobre os caminhos de cada
um, e Ele vê todos os seus passos” (Jó.34:21). “Ele esquadrinha os nossos
corações” (1Cr.28:9) e sem que haja palavras, Ele nos conhece (Sl.139:1-4).
Imutabilidade: Deus
é imutável (Ap.22.13; Is.44.6).
Esta característica é condizente com todos os demais atributos de Deus, que
sendo a perfeição absoluta, não requer mudança (Hb.1:10-12). “Porque eu, o Senhor, não mudo”
(Ml 3.6). Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre, sem nenhuma variação ou
necessidade de mudança (Tg.1:17).
Atributos Comunicáveis – Que se estendem ao homem
Amor: João afirma que Deus é amor
(1Jo.4:8). A prova cabal desse amor se resume no calvário (Jo.3:16). Paulo
afirma que esse amor foi derramado no coração do cristão (Rm.5:5) pela graça
(Ef.2:4-8) que é manifestada no sacrifício de Jesus Cristo pela nossa salvação.
Misericórdia: É a capacidade de sentir
compaixão daqueles que sofrem. É uma forte expressão do amor de Deus. “As misericórdias do Senhor são a causa de não
sermos consumidos” (Lm. 3.22). Assim, podemos compreender que a misericórdia é a extenção da graça de Deus.
(2Sm 24.14; Mt 9.27; 2Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11). “E depois de tudo o que
nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda
assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas
iniquidades, e ainda nos deixaste este remanescente (Ed 9.13).
Sabedoria: "O Senhor, com sabedoria fundou a terra" (Pv. 3:19). NEle "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Col.2:3). Por essa razão seus caminhos são perfeitos (Sl.
104:24) e Ele jamais se engana. Diante de tamanha perfeição, Paulo o exalta
dizendo: "Ó profundidade da riqueza
da sabedoria e do conhecimento de Deus" (Rm.11:33). Nisto reconhecemos
que “Com Ele está a sabedoria e a força” (Jó 12:13), que se manifesta não
somente na criação (Rm.4:17; Is.44:24),
mas também, nas obras da providência (1Cr.29:11-12)
e na redenção (Rm.1:16; 1Co.1:24).
Santidade: Deus
é puro, perfeito e santo (ISm.2.2; Sl.99; Is.40.25; Ap.15.4).
Estas
características O colocam acima de qualquer ser por Ele criado. A Sua majestade
reina absoluta porque nEle não há imperfeição. Podemos distinguir a santidade
de Deus em
dois aspectos: transcendência e pureza moral. A transcendência mostra um Ser
que está acima de qualquer situação e não depende das circunstâncias para ser o que é (Is.57.15). A pureza moral
mostra como Deus está separado de tudo o que é pecaminoso (Lv.20.26; I
Pe.1.15,16). Por esta razão, há uma
condição expressa para nos relacionarmos com Ele, no qual Ele mesmo diz: “Sereis
santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv.19.2; 1Pe.1:16) e o autor
de Hebreus reforça: “Segui a paz com
todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14).
Justiça: Todos os atributos de Deus convergem para
uma justiça infinitamente perfeita. Nele mesmo estão todos os parâmetros
de justiça (Dt.32:4; Gn.18:25; Is.30:18; Jr.9:24;
At.17:31). Suas obras são
perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos (Ed 9.15; Ne 9.8; Sl
119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 2.29; 3.4; Ap 16.5; Dt 32.4; Rm 3.25-26; Jó
40.2,8; Rm 9.20,21).
Sua santidade é a causa da sua justiça que vem, justamente corrigir a
transgressão à Sua lei (Rm.3:21a), levando o pecador a reconhecer a Sua
condição pecaminosa, oferecendo-lhe, pela graça a possibilidade de não ser
condenado e sim justificado por meio da salvação em Cristo Jesus. Uma vez liberto da
condenação, se viermos a pecar, temos um advogado que nos defende do acusador.
A justiça humana é falha, mas a
de Deus é perfeita. Ele jamais se engana na aplicação da Sua justiça que ocorre
nas seguintes situações: De forma geral
quando o pecador transgride Suas leis
(Sl.3:5;11:4-7; Dt.32:4; Dn.9:12;14; Ex.9:23-27;34:7); Como correção a seus
filhos desobedientes (Hb.12:6-7; Jr.10:24;30:11;46:28;
Sl.89:30-33; ICr.21:13); Como
Juiz severo para os que não O temem ((Rm.11:22; Hb.10:31) ou derramando Suas bençãos, como recompensa
aos que permanecem na obediência de Suas leis
(Hb.6:10; IITm.4:8; ICo.4:5;3:11-15; Rm.2:6-10; IIJo.8).
Conclusão
Atributos
são as qualidades inerentes a Deus, próprias dEle. Esses atributos podem ser
divididos de duas formas. Primeiro,
os atributos que Lhe são inerentes, ou seja, não podem ser transferidos a nós
que são tidos como atributos incomunicáveis, são eles: Onipresença,
Onisciência, Onipotência, Infinitude, Perfeição e Imutabilidade e Poder Criador.
Segundo, abrange uma relação de
atributos que podem ser transferidos ao
homem , assim chamados de atributos comunicáveis, que são: Amor, Santidade, Justiça, Verdade,
Fidelidade, Misericórdia, Sabedoria (Êx 3.14; Pv 5.21; 15.3; At 15.17-18; Tg
1 17; Sl 139.1-12; 147.13-18).
Sonia Oliveira
Sonia Oliveira
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Maravilhoso ensino!
ResponderExcluirObrigado! Tem novidade e atualização no blog, e visite nosso canal no YouTube para se inscrever, curtir e compartilhar. https://youtu.be/rvKlLyHyyjM
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