“Como um pai se compadece de um filho, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem" ( Sl.103:13)
Reflexão sobre o Tema
Pouco a pouco a geração de Josué foi morrendo. Os filhos e netos do povo de Israel foram tomando o seu lugar. A falta de uma liderança centralizadora, fez com que o povo se dispersasse e cada um passou a fazer aquilo que bem entendia. Essa nova geração conhecia Deus apenas porque ouviam seus pais falarem, não tiveram uma experiência real com Ele e por conta disso não estavam firmes na fé. Aos poucos foram se distanciando dos Mandamentos de Deus e das Leis, quebrando o concerto que no passado haviam feito. As relações mistas favoreceram a rápida disseminação e absorção da cultura pagã e de práticas imorais entre o povo de Deus. Essa era uma estratégia para fazer com que o povo se afastasse de Deus e se tornasse vulneráveis e fossem escravizados.
Quando
isso acontecia, o povo se arrependia e clamava por socorro. Deus, ouvindo-os,
se compadecia e levantava um juiz para libertá-los. Ao longo de,
aproximadamente, 350 anos, cerca de catorze juízes foram recrutados para
exercer a liderança do povo exercendo não somente a condição de chefes
militares, mas também de mediadores de conflitos internos. Esses juízes eram
escolhidos diretamente por Deus, em meio ao povo. Não eram pessoas dotadas de
qualidades extraordinárias, mas ao contrário, eram na sua maioria, pessoas
comuns as quais Deus dotou de poder extraordinário para o exercício de seus
mandatos. Deus os conduzia em todas as situações e foram homens vitoriosos que
se tornaram muito respeitados. Mas, depois de Samuel, o povo começou a desejar
ter um rei e então começou uma nova etapa com
o reinado de Saul.
A
partir da leitura desse texto, irmãos, nós podemos tirar vários ensinamentos. O
primeiro nos remete a compreensão de que o distanciamento de Deus nos leva a
uma condição de escravidão, favorecendo as estratégias do inimigo para nos
enfraquecer e derrotar. A falta de conhecimento é um dos fatores que facilitam
a queda, mas não apenas isso. Ser filho de crente não nos torna crentes. É
preciso que tenhamos um relacionamento com Deus. Esse relacionamento implica em
conhecer seus mandamentos e colocá-los em prática e passa pela fé e obediência.
O segundo ensinamento é sobre a fidelidade de Deus,
que apesar de todas as imperfeições humanas, está sempre de braços abertos para
ajudar, para levantar e ensinar a caminhar. O terceiro ponto, diz respeito a
união entre os crentes e não crentes. O resultado dessa união pode ser
catastrófico porque o ímpio não tem compromisso com Deus e suas escolhas e
ações seguem as orientações do mundo. Ora, se o crente é um povo separado, é
porque as coisas do mundo não podem dominar seu coração e nesse sentido, é
contraditória essa relação porque abre precedentes para a contaminação. Deus
quer exclusividade em nossos corações. É preciso tomar posição e optar em ser
ou não ser cristão.
Imagens Especiais
Muito obrigado Senhor meu Deus!
PLANO DE AULA
Data: 11/08/2012
Tema: Juízes – Período Teocrático
Texto Base: Juízes 1 a 16
Versículo para memorizar: “Como um pai se compadece de um filho,
assim o Senhor se compadece daqueles que o temem “( Sl.103:13).
Objetivos:
Demonstrar
que Deus é misericordioso e está sempre atento ao clamor daqueles que o buscam
com sinceridade no coração e disposto a perdoar e conceder uma nova
oportunidade de recomeçar.
Introdução:
Esse
período foi instituído com a finalidade de libertar o povo de Israel da
opressão de povos inimigos. Durou cerca de 330 anos, tendo início após a morte
de Josué e finalizando com a morte do profeta Samuel. Muitos foram os juízes,
cada um com sua peculiaridade, porém todos guiados pelas mãos de Deus. Exerciam
simultaneamente a função de chefe militar e mediador nos conflitos internos
junto ao povo.
Procedimentos
Contação de História: Usar como suporte slides
(powerpoint), para facilitar o acompanhamento da narrativa e facilitar a
compreensão do tema. Finalizar com o roteiro de pesquisa e a Bíblia, situando as passagens referentes ao
assunto tratado.
Período de Apostasia[1]
Antes
de morrer, Josué (Js. 24:29) reuniu-se
com o seu povo para enfatizar a necessidade do povo de Israel se manter firme
na presença do Senhor, incitando-os a refazer a aliança. Porém, tão logo o povo
se viu sem liderança, se dispersou, seguindo cada um seus próprios interesses
(Jz. 21:25), esquecendo-se dos mandamentos
de Deus (Jz. 2:12-15; 17:6; 21:25). Trata-se de um período marcado pela
rebeldia, incredulidade e idolatria, mas também, pela misericórdia de Deus.
A Disseminação Velada da Abominação Pagã entre
o Povo de Deus
Josué,
conforme ordens do Senhor, ao dividir as terras entre as doze tribos de Israel,
enfatiza o perigo da convivência com aquele povo idólatra, determinando o
extermínio completo de todos os inimigos (Jz.1:19-36; Ex.23:32). Porém, o povo
crendo erroneamente poder subjugar seus habitantes poupou-os, tornando-os escravos. Essa convivência
aparentemente inofensiva trouxe conseqüências catastróficas a longo prazo. Sutilmente
o povo inimigo foi seduzindo os israelitas com suas práticas imorais,
atraindo-os e levando-os a servirem a deuses estranhos (Jz.2:10-13).
Casamento Misto
Em
decorrência da convivência com os cananeus, o povo de Israel, contrariando a
proibição explícita no A.T (Dt.7.1-14; Nm. 36:6; NE. 13:23-29) relativa ao
casamento misto, deram início a essa prática, tanto se envolvendo com as
mulheres cananéias quanto permitindo que suas filhas se relacionassem com seus
filhos (Jz.3:5-6). A intenção daquele povo era estratégica porque, atraindo-os
dessa forma seria fácil introduzir as suas crenças pagãs, aliadas à prática da
prostituição e a idolatria. A abominação é algo que não agrada a Deus,
portanto, estariam desprovidos de sua presença o que facilitaria a subjugação e
opressão.
Ciclo da Desobediência
A
rebeldia levava o povo à desobediência e ao afastamento de Deus. Em
conseqüência, Deus permitia a opressão pelas nações inimigas (Jz. 2:14-15). O sofrimento os levava a se arrepender e a
clamar a Deus que, ouvindo-os, tinha misericórdia (Jz. 3:9) e levantava um juiz
para libertá-los. O povo agradecido passava um tempo em obediência, mas depois
retomava às mesmas práticas dando início a um ciclo que durou cerca de 330
anos. Ao todo, consta no livro de Juízes treze Juízes. Samuel, embora tenha sido o último juiz, não é citado nesse livro. E Abimeleque, filho de Gideão, embora tenha sido juiz e rei não é considerado como tal, porque usurpou essa posição, não foi escolhido por Deus (Jz.9:1-6).
Período dos Juízes
Os
juízes, eram pessoas comuns, escolhidos diretamente por Deus (Jz. 2:16). Cada
um tinha uma peculiaridade específica, uma condição desfavorável na sociedade,
porém, foram pessoas corajosas que mantiveram a unidade em meio a tantas
turbulências num período em que não havia um governo centralizado, mas onde
Deus, através dos juízes agia poderosamente em favor do seu povo.
Os Doze Juízes
Ao
todo, somam-se treze juizes (Jz.3:7-16,31), divididos em dois grupos de seis,
discriminados como maiores e menores. Os seis maiores, assim denominados, incluem: Otniel (Jz.3:7-11), Eúde
(Jz.3:12-30), Débora e Baraque (Jz.4:1-5,32), Gideão (Jz.6:11-8,35), Jefté
(Jz.11:1-40) e Sansão (Jz.13:1-16,31); os seis menores, contendo narrativas breves, incluem:
Sangar (Jz.3:31), Tola (Jz.10:1-2), Jair (Jz.10:3-5), Ibsã (Jz.12:8-10), Elom
(Jz.12:11-12) e Abdom (Jz.12:13-15).
Características
Peculiares dos Escolhidos de Deus
As
escolhas de Deus não seguem os padrões humanos e sempre são surpreendentes. No
caso das escolhas dos juízes não foi diferente. Há que se registrar alguns
aspectos relacionados a alguns desses personagens bíblicos que contrariam os
padrões convencionais. O primeiro juiz, Otniel era filho caçula. Naquela época
os direitos da primogenitura eram muito respeitados. Eúde, por sua vez era
canhoto. Essa peculiaridade era tida, na época como deficiência física. Débora era
mulher. Pelos padrões, a mulher era um ser marginalizado. Porém, Débora era
profetiza e Deus era com ela. Gideão, além de ser caçula de um clã pobre, era
muito inseguro, desconfiado e medroso. Era um homem desconfiado e
inseguro. Jefté era filho de uma
prostituta e Sansão, embora fosse, fisicamente, forte, era um homem
emocionalmente fraco e por isso foi abatido por Dalila, uma filistéia. Deus os
escolheu assim, criaturas frágeis e, simplesmente humanas, e as transformou em
grandes heróis, não por seus méritos, mas porque eram dotadas do poder de Deus.
Conclusão
Deus disse a Josué para meditar na Palavra e não se desviar de seus ensinamentos para que soubesse se conduzir em todas as situações (Js. 1:6b). Porém o povo se desviou desses propósitos e foram perdendo a comunhão com o Senhor. O resultado foi catastrófico porque o inimigo, se aproveitando das fragilidades humanas se fortaleceu e se impôs sobe o povo escolhido oprimindo-os a tal ponto que tiveram que reconhecer a dependência de Deus e sentiram o desejo de voltar para os seus braços. Na sua dor clamavam e Deus os socorria. Porém, a imaturidade espiritual não permitia que permanecessem firmes por muito tempo e novamente caiam. Esse é o período da meninice espiritual, da falta de compromisso que gera a desobediência e promove a rebeldia. O erro ensina muitas coisas.
Mas sábio é o
que não precisa passar pela prova para aprender. Que possamos queridos aprender
mais uma lição a partir desse episódio. Em Oséias 4:6 Deus desabafa dizendo que
seu povo pereceu por falta de conhecimento. Vamos meditar mais na Palavra, permitindo que ela
seja o instrumento de Deus para restaurar as nossas vidas. Amém, queridos!
[1]
Afastamento, renúncia deliberada de alguma crença ou fé - Wikipédia
Veja aqui alguns dos Estudos disponíveis no Arquivo do blog:
- ISamuel - Resposta ao chamado de Deus
- Juizes - Período Teocrático
- Sansão - Exemplo de Imaturidade
- Gideão - Um Homem Revestido de Poder
- Abimeleque - Ambição Sem Limites
- José do Egito
- Josué e Calebe - Enfrentando o Gigante do Medo
- Josué - A Derrota de Ai
- Palavra de Deus - Uma Mensagem Transformadora
- Evangelizar é Preciso!
- A Vontade Soberana de Deus
- O Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade
- Páscoa Cristã
- Dons Espirituais
- Missões com Excelência - A boa semente
- É Tempo de Despertar
- Epístola aos Filipenses
- Virando as Costas para Deus
- A Oração de Habacuque
- Os Frutos do Espirito
- Jabez a Oração que Mudou uma Historia
- Os Escolhidos de Deus
- Compromisso com Deus
- Compromisso com a Verdade
- A Família sob Ataque
- Ageu a Reconstrucao do Templo
- Jonas a Misericordia de Deus
- Davi um Coração Quebrantado Diante de Deus
- Amor o Maior Mandamento
- Renovação Espiritual
- Como ser Forte nos Momentos de Fraqueza
- Elias Relacionamento e Dependência de Deus
- Colossenses Supremacia de Cristo
- Um Convite á Graça e Restauração
- Nova Criatura em Cristo
- Apressa-te Senhor em me Ajudar
- A Boa Mão de Deus Sobre Mim
- Naamã o Mergulho na Graça de Deus
- Asafe o Perigo de Perder o Foco
- Aprendendo a Ser Dependente de Deus
- Jó a Essência da Adoração
- Saber Esperar no Senhor
- Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 1
- Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 2
- Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 3
- Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 4
- Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 5
- Epístola aos Colossenses (Vídeo) - Introdução
- Santificação
amei essa explicação
ResponderExcluirQue bom, obrigada e volte sempre.
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