1º Carta aos Coríntios - parte 2 (1Cor.2:14-15; 3:1-4)
Tema: Três Classes de Pessoas
Tema: Três Classes de Pessoas
Introdução
Segundo
os conceitos do mundo secular, o homem é classificado em seus aspectos físico, social,
econômico, étnico, cultural, estético, etc... Deus, porém, têm critérios
diferentes em relação ao homem que embora compreendido em sua totalidade é
visto numa dimensão mais complexa que inclui três níveis
o quais estudaremos nesse texto.
Objetivo
Apresentar um estudo relativo às três classes de pessoas
assinaladas pelo apóstolo Paulo. A dimensão dessa abordagem possibilita uma
reflexão relativa às implicações de cada caso em nossa vida espiritual e aponta
a possibilidade de superação à medida que considerarmos que o estudo amplia o
discernimento (ICor.2:15) e favorece o amadurecimento (Fl.3:13-14).
Causas
dos problemas em Corinto
A comunidade de Corinto era totalmente imatura e agia de
forma equivocada porque não detinha o conhecimento necessário da Palavra de
Deus para sustentar a prática cristã (ICor. 12:10;11:18). Em Oséias, Deus, afirmou
que o seu povo fora destruído por falta de conhecimento (Os.4:6). E foi exatamente o que aconteceu nessa Igreja.
O desconhecimento doutrinário enfraqueceu a comunidade e os levou a pecar contra
Deus. Paulo, sabendo da situação não se furtou a sua condição de pastor tratando
com muita competência de cada caso. No seu discurso apontou muitos aspectos
relativos a condição espiritual da Igreja. Nesse estudo serão apresentadas as
três dimensões relativas ao homem, as quais perpassam três níveis a saber,
homem natural, homem carnal e homem espiritual.
Homem natural – Psuchikos: pessoa irregenerada (ICor.2:14)
O
homem natural possui apenas as percepções das coisas. Por não ter experimentado
o novo nascimento (Jô.3:3-7), não tem o Espírito Santo (Rm.8:9) e vive em trevas. A escuridão de
sua alma não lhe permite ter uma visão clara da realidade (IICor.4:3 e 4) e por esta razão tem o coração embrutecido.
Desta forma, é conduzido pelos seus instintos (II Pe.2:12-14). Não consegue ter
a compreensão do certo e do errado e age totalmente movido pelo desejo,
tornando-se escravo de suas paixões (Ef.2:3). As coisas do mundo lhe são
atraentes porque está em harmonia com ele (Tg.4:4). Assim sendo, Satanás tem
pleno domínio sobre ele (At.26:18; Rm. 8:6-8).
Homem
Carnal – Sarkikos – “começa pelo espírito e termina pela carne” (Gl.3:3)
O
homem carnal é salvo, mas não dá liberdade ao espírito. Não vive uma vida
consagrada (I Pe. 3:15a). Nele a velha
natureza adâmica prevalece (Cl.3:5-6), por não permitir ser subjugado pelo Espírito Santo
(Rm. 8:13-14). A sua natureza pecaminosa (ICo.3:1-3) o leva a agir
impensadamente e pela emoção, assim como uma criança, não levando em
consideração as conseqüências de seus atos. Desta forma, está sempre em
conflito consigo mesmo e com os outros, porque ao mesmo tempo em que sente a necessidade de Deus,
busca as coisas do mundo (Gl 5:17). Sente-se
angustiado porque sabe que sua conduta entristece o Espírito Santo (Ef. 4:30; I
Ts.5:19). Tenta esconder-se por detrás das aparências por não desejar encarar
suas fraquezas. Transfere suas culpas para outras pessoas e atribuindo-lhes todas
as suas insatisfações. Não aprecia o
estudo da Palavra porque esta lhe penetra como uma espada, desnuda sua alma e o exorta a uma efetiva transformação a
qual não se sente motivado.
Homem Espiritual - Pneumatikos
O
homem espiritual experimentou o novo nascimento (I Pe. 1:3-4) e por isso é
dirigido e dominado pelo Espírito Santo (Rm.8:4). Ele tem uma nova natureza (II Co. 5:17), seu
“eu está crucificado com Cristo (Gl. 2:20), assim como também, o mundo (Gl.
6:14). É maduro espiritualmente, tem amor pela Palavra (Sl.1:1) e sente prazer na oração. Por
conhecer a Palavra tem clareza sobre o que
é certo ou errado e busca a santificação (IICor. 7:1; I Pe.1:16). Tem
discernimento espiritual e por isso é seguidor de Cristo e não de homem (I Cor.
3:4; 21-23).
Sinais do Homem Carnal
a) É espiritualmente infantil (I Co.
3:1)
b) É sectário e dado a isso (I Co.
3:4)
c) É dominado pela inveja (I Co. 3:3)
d) É dado a contendas e considera isso
uma virtude e um direito (I Co. 3:3)
e)
Vive uma vida mista, querendo
agradar a si mesmo e aos outros, ao mundo e
a Deus (I Co. 10:20-21).
Conclusão
A
principal preocupação de Paulo ao se dirigir a Igreja de Corinto era, sem
dúvida, levá-los a um entendimento relativo aos equívocos que vinham cometendo,
por falta de conhecimento e vivência cristã. A Igreja agia de forma imatura e
irresponsável, não havendo entre eles senão a manifestação pura do homem no
estágio carnal. Paulo descreve três níveis de pessoas caracterizando o perfil
de cada grupo, situando a comunidade num nível crítico de espiritualidade. O Conhecimento da Palavra é sem dúvida, fundamental
para a superação de velhos atavismos para que ocorra uma efetiva conversão e fortaleça a fé. Porém, a
compreensão da mesma só é possível mediante a revelação do Espírito Santo. Portanto,
quando estamos no estágio carnal, a leitura se dá no âmbito intelectual apenas,
deixando de produzir os benefícios transformadores que advém dessa revelação (Hb. 4:12).
Reflexão do Tema
Essa
é a razão pela qual ainda há tantos crentes que embora conhecedores da Palavra,
continuam no estágio de infância espiritual, não progridem. Paulo se dirige à
Igreja de Corinto como a “crianças espirituais em Cristo” (ICor.3:1-2),
dizendo-lhes que antes, não havia aprofundado o ensinamento acerca das Escrituras,
porque eram como bebês, e como tal, ainda não estavam preparados para digerir a
Palavra e, portanto, dera-lhes o leitinho espiritual apenas. Entretanto, já tinham
idade para serem pregadores, mas continuavam esperando que alguém lhes ensinasse
ao invés de ensinar a outros. Tornaram-se dependentes como bebês e, portanto,
fracos espiritualmente, não havendo progredido na fé (Hb.5:12,13).
Amados,
o crescimento espiritual é um processo longo, mas necessário e requer uma
alimentação consistente e saudável até se atingir a maturidade cristã. A
Palavra de Deus é o alimento que nutre o nosso Espírito, porque ela nos
fortalece, edifica, renova, transforma e
capacita. O estudo das Escrituras nos
aproxima de Deus o qual manifesta a sua
vontade a nós, a quem devemos obediência. Esse
alimento é o estudo sério das Escrituras Sagradas que nos conduz a uma vida
regrada e santificada, aprimorada pelo poder do Espírito Santo que habita em
nós, até atingirmos a semelhança em Cristo Jesus. Amém, irmãos! Que Deus os abençoe
muitíssimo.
Sonia Oliveira
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- Juizes - Período Teocrático
- Sansão - Exemplo de Imaturidade
- Gideão - Um Homem Revestido de Poder
- Abimeleque - Ambição Sem Limites
- José do Egito
- Josué e Calebe - Enfrentando o Gigante do Medo
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- Páscoa Cristã
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Fico feliz em ver que a semente do conhecimento de um Deus que se deu a conhecer germinou em boa terra(Mt. 13:3,8)...Que Deus em Cristo continue abençoando...
ResponderExcluirAmém Pastor Thiago, ficamos muito felizes com sua valorosa contribuição no grande plantio da obra de Deus, é um motivo de grande honra e felicidade sua visita e participação, que Deus abençoe Muitíssimo sua vida.
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