Texto Base: 2 Co. 5.17
“ E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura,
as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas todas as coisas”
Introdução:
Quando
nos olhamos no espelho, percebemos os desalinhos e, logo, procuramos corrigi-los.
O Evangelho é como um espelho que deixa
à mostra as nossas imperfeições. Ao sermos confrontados com o que nela está
escrito, percebemos o quão distante ainda estamos do que deveríamos ser. Mas,
para que de fato as mudanças ocorram, não podemos ser apenas ouvintes, mas
praticantes da Palavra de Deus, conforme nos ensina a Carta de Tiago: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas
ouvintes, enganando-se a si mesmo”. (Tg.1.22).
É
praticamente impossível conhecer as Escrituras e continuarmos do mesmo jeito. Isto porque, a
Palavra de Deus é “viva e eficaz” (Hb. 4.12). É o poder de Deus que atua em nós
e nos transforma (Rm. 1.16). É o meio pelo qual Deus opera a salvação,
levando-nos a compreender a necessidade de arrependimento como forma de
nos reconciliarmos com Deus. Ao ouvirmos a pregação do Evangelho, o Espírito
Santo nos constrange a uma tomada de decisão, a desejarmos ser uma pessoa
melhor em todos os sentidos. Quanto mais nos aprofundarmos no conhecimento e
relacionamento com Deus, mais seremos
fortalecidos e moldados segundo os padrões divinos.
Contexto da Carta
A
conversão dos cristãos de corinto ainda era muito recente. Eles não
compreendiam ainda com exatidão o que de fato representava uma vida com Cristo.
Aliada à falta de conhecimento, havia a propagação de heresias proferidas por
falsos mestres. Eles estavam distorcendo o evangelho, negando a necessidade da
graça de Deus e ensinando que a salvação dependia de obras ou de alguma prática
ritual. Isso tudo representava um grande perigo para os recém convertidos e
Paulo se posiciona, diante dessas questões, enfatizando que a salvação é uma
obra completa e não requer nenhum esforço humano e ressalta ainda que em Cristo
somos transformados em nova criatura. E finaliza conclamando-os a permanecer
firmes na fé e fieis às Escrituras.
Paulo
destaca o contraste da vida cristã com a vida no mundo e a necessidade do
cristão se posicionar de acordo com a sua decisão de seguir a Cristo, assumindo
para si um novo padrão de conduta ética e moral que seja condizente com essa nova realidade. Deixa
claro ainda, que essa transformação é
obra de Deus e que Ele nos convida a viver em santidade. Embora a escolha de obedecer seja pessoal, as mudanças só ocorrem, efetivamente, mediante a ação
do Espírito Santo que opera em nós.
Aplicação:
1 A vida cristã deve ser guiada pelo Espírito Santo – Gl. 5.16-17
Na
carta aos Gálatas, Paulo ilustra bem a luta travada entre carne e espírito,
dizendo que um milita contra o outro porque são opostas entre si. Reforça ainda
que jamais devemos satisfazer as concupiscência da carne que são: prostituição,
impurezas, lascívia idolatria, ira, inveja [...] (Gl. 5.16-17). Pois todas essas coisas nos afastam de Deus
(Is. 59.2). Quanto mais nos aproximarmos de Deus, mais nos fortaleceremos contra
as astutas ciladas do diabo. A esse respeito, Tiago nos aconselha: “[...] submetam-se a Deus. Resistam
ao Diabo, e ele fugirá de vocês” (Tg. 4.7).
O
segredo, portanto, para vencermos às tentações é nos aproximarmos a Deus em
obediência à Sua vontade e crucificarmos a carne e toda as suas concupiscências
(Gl.5.24). Paulo conclui que uma vida cristã deve ser guiada pelo Espírito
Santo, pois somente Ele poderá nos auxiliar a vencer o nosso pecado e produzir
frutos de mansidão, amor, paz, alegria, mansidão, fidelidade, bondade, domínio
próprio...” (Gl. 5.22.23).
2 A Santificação não ocorre sem Renúncia ao Pecado –
Rm. 12.1
Não
há transformação sem uma mente renovada, sem renúncia ao nosso “eu”. Desta forma, Paulo, em sua Carta aos Romanos,
insiste: “¹ Rogo-vos, pois,
irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm.12.1).
Deus requer de nós uma vida entregue
no Altar como oferta de sacrifício e adoração. Mas esse sacrifício, não como o
de outrora, mas de uma vida de renúncia ao pecado. Um verdadeiro adorador, nega
a si mesmo para seguir a Cristo. Por esse motivo, Jesus deixou claro que a vida
daquele que desejasse segui-LO, não seria fácil, exigiria sacrifício: "Aquele
que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Lc. 9.23, Mc. 8.34, Mt. 16.24).
3 A Transformação ocorre mediante a Renovação da Mente
pela Palavra – Rm. 12.2
Paulo,
ciente de que os apelos do mundo são fortes, insiste: “[...] E não vos conformeis com este século (não sejam moldados), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm.12.2). A preocupação de Paulo era de que os cristãos fossem
influenciados pelas coisas do mundo e deixa claro que um conceito só é substituído
por outro quando há uma convicção. Desta forma, à medida que eles conhecessem
mais às Escrituras, compreenderiam melhor os seus equívocos e entenderiam os
propósitos de Deus em suas vidas.
Conclusão
Como
novas criaturas, devemos viver em santidade conforme é o desejo do Senhor que
diz: “sede santos, porque Eu sou santo" (Lv. 19.2 ; 1 Pe. 1.15-16). Jamais seremos perfeitos, mas, assim como um filho imita seu pai,
assim devemos proceder. Devemos nos esforçar para vivermos uma vida que agrade
a Deus. Ser santo, significa ser separado do pecado e consagrados a Deus. O nosso modo de ser, pensar, agir e falar deve
ser de tal maneira que glorifique a Deus. Desta forma, a vida cristã deve ser
irrepreensível em quaisquer circunstâncias. As nossas atitudes devem servir de
exemplo para outras pessoas. O nosso testemunho deve servir para que os não
crentes desejem conhecer santidade não é apenas um estado de ser, mas um
chamado a viver de forma que honre e glorifique a Deus em tudo o que somos ou o
que fazemos.
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