terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Nascimento de Jesus o Salvador


Para Deus nada é impossível” (Lc.1:37)



REFLEXÃO SOBRE O TEMA

As circunstâncias que envolvem o nascimento de Jesus estão repletas de situações controversas e polêmicas, sobretudo, no que diz respeito aos magos e a data do seu nascimento. Essas discussões têm dividido opiniões até mesmo entre evangélicos. Assim, há os que comemoram o natal mesmo cientes de que a data não corresponde aos fatos, e há também, os que consideram a comemoração um ato de heresia, por estar relacionado a uma prática pagã. De qualquer forma,trata-se de um assunto bíblico o qual não pode ser desconsiderado.

Este breve levantamento de informações históricas não pretende, de forma alguma um aprofundamento dessa questão, mas apenas oferecer subsídio para reflexão, para quem trabalha com evangelização a fim de elucidar sobre alguns aspectos nevrálgicos relativos a origem do natal com o nascimento de Cristo.

Origem da data de 25 de dezembro

Os estudiosos da Bíblia são unânimes em afirmar que a data  de 25 de dezembro, em que se comemora o natal, não corresponde, exatamente a data do nascimento de Cristo. Essa data está relacionada com as festas pagãs do Antigo Império Romano.

De acordo com as informações contidadas na Enciclopédia Católica (edição de 1911) e enciclopédia Barsa, havia no Antigo Império Romano uma cultura de adoração ao sol, ”natalis solis invicti” (nascimento do deus sol invencível), o qual Constantino também era sacerdote. Estava relacionada às estações do ano.

No período de 25 de dezembro, de 275, Aureliano transferiu para Roma os sacerdotes do deus sol e tornou oficial o culto a esse deus pagão, proclamando-o como o principal padroeiro do Império, construindo inclusive um templo de adoração a ele em lugar de destaque denominado no Campo de Marte. As festividades inerentes a esse culto pagão ficou conhecida como “Dies Natalis Solis Invicti” (dia do nascimento do sol invencível).

Constantino Institui  o Cristianismo como  Religião Oficial do Império

Roma tentou impedir de todo jeito a propagação do cristianismo, mas as sucessivas perseguições surtiram efeito contrário, o número de adeptos aumentava dia após dia.  A estratégia utilizada para coibir a disseminação da fé cristã foi apropriar-se da nova religião e descaracterizá-la  para então destruí-la. Assim sendo,  Constantino  “converteu-se” à nova fé e instituiu o cristianismo como sendo a religião oficial de Roma.

Dando continuidade ao plano diabólico, em 335 Constantino, oficializou a celebração do natal em 25 de dezembro, a pretexto de celebrar o nascimento de Cristo, quando na verdade a intenção clara era manter a cultura pagã de adoração ao deus sol.

É interessante também atentar para o fato de que o mesmo imperador, no ano de 321, no dia 7 de março instituiu que o primeiro dia da semana (“Sunday” na tradução em inglês), considerado o “dia do sol”, fosse dedicado ao descanso semanal. Coicidentemente ou não, para nós cristãos, o domingo não é o dia de adorarmos ao Senhor? Percebem? 

Período Provável do Nascimento de Jesus

O motivo pelo qual se considera  improvável a data de 25 corresponder ao nascimento de Jesus se deve, entre outras coisas,  ao fato de  que nesse período em Israel é inverno e as peregrinações  dificilmente ocorrem. Já ao contrário,  durante as Festas do Tabernáculo (Lev 23:39-44; Ne 8:13-18 ) que ocorre em outubro,  há grande fluxo de viajantes no deserto indo para a comemoração em Israel.

O Plano de Satanás

A intenção de satanás em todo esse processo de desviar a adoração a Cristo é patética e evidente. Cientificamente é comprovada a importância não só do sol, mas também da água, como fonte de vida. A ignorância espiritual dos povos antigos os levaram a adorar  muito mais a criação do que o criador.

A Verdadeira Luz do Mundo

O nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo veio ao mundo, e isto é fato (Mt.1:18-23). A Sua luz brilhou desde o seu nascimento  e as trevas se levantaram para ofuscá-lo, tentando roubar-lhe o brilho celeste. Mas,  é Ele a verdadeira luz do mundo e doador da vida eterna. Foi  Jesus mesmo que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas”  (Jo. 8:12). Quem conhece a verdade (Jo.8:32) não se deixa enganar porque possui o discernimento das coisas espirituais (1Co.2:15).

Deus conhece os que verdadeiramente o adoram

É certo que o povo pagão rendia adoração ao sol  e, motivados por forças diabólicas armaram situações para desviar a adoração devida ao nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, negar adoração ao Senhor não seria fazer o jogo que nos induziu os enganos do passado?

Mediante o contexto exposto à  luz do entendimento histórico que nos permite ter mais clareza a cerca dos fatos, qual deve ser a atitude mais correta do cristão?  A Bíblia nos relata que os magos “O adoraram” (Mt.2:11b) enquanto menino pois sabiam que ele seria o nosso salvador.

Se o adoramos na data específica do dia 25 de dezembro, considerada natal de Jesus, estaremos incorrendo em algum pecado? Será que  Ele não conhece os nossos corações (Atos 1:24; Sl.44:21b) e não  sabe reconhecer os verdadeiros adoradores?

A cruz antes do martírio era símbolo de maldição, mas Jesus quebrou esse jugo pesado e ela passou a ter um outro significado para nós. A Páscoa também já existia  para os judeus (Pessach), mas para o mundo cristão passou a ter um significado muito mais profundo, a  ressurreição.

Assim, as comemorações não traduzem o mesmo significado para todos quando a intenção em nossos corações são diferentes. Deus pode  transformar todas as situações em favor de propósitos mais elevados. Gosto muito de uma frase do livro Pequeno Príncipe, do filósofo francês Saint Exupérry que diz: “o essencial é invisível para os olhos”.

O nosso campo de visão é estreito demais para captarmos a dimensão da ótica de Deus e compreendermos quais são os seus propósitos em tudo isso. O fato é, que Ele está acima de todas essas questões e importa que O adoremos pelo que Ele é e não por outro motivo.  

No período das festividades de natal, é interessante observarmos as diferentes manifestações dos crentes. De um lado há os que estão alheios a todas essas questões no tocante às polêmicas e, simplesmente reproduzem os costumes, juntamente com seus familiares,  e perpetuam a tradição de dar presentes, dentre outras práticas.

Por outro lado, hás os mais conservadores e por conseguinte, mais resistentes que permanecem alheios e às vezes até mesmo contrários as comemorações de natal por se tratar de práticas de origem pagãs.

Mas, em meio a toda essa discussão,  há os que simplesmente aproveitam essa oportunidade para levar a mensagem de salvação àqueles que nessa época do ano se tornam mais sensíveis e, portanto, mais acessíveis a evangelização ou  que, simplesmente preferem louvar ao Senhor estando junto à família. E você, o que pensa a respeito disso? Qual é a sua posição em relação a essa temática? Espero ter contribuído com os irmãos para uma reflexão a respeito do assunto. Amém, queridos!


IMAGENS ESPECIAIS






Te Amamos Senhor!


PLANO DE AULA

Tema: O Nascimento de Jesus o Salvador
Texto Base: Mateus 1 e 2 e Lucas 1 e 2

Versículo para memorizar:Para Deus nada é impossível” (Lc.1:37)

Objetivos

Ensinar as crianças a verdade sobre  o nascimento de Jesus:

·        Assim como foi dito pelos profetas, o plano de Deus se cumpriu por meio de Jesus Cristo que veio ao mundo na forma humana mais em circunstâncias sobrenaturais. Não foi Ele concebido pelo pecado, e sim pelo poder do Espírito Santo.

·        Ele se fez homem e nasceu como um menino, transitou em nosso meio para nos ensinar o caminho para o Pai; Veio como um cordeiro, manso e humilde, porém com poder e autoridade para dissipar as trevas e aniquilar o mal; Veio para nos conceder a salvação e a vida eterna;  

·        As especulações que se fazem em torno do natal em relação a data e outros fatores, são nada mais nada menos, do que mais uma das tentativas de satanás de roubar a honra e a adoração que devemos a Ele. Pois o que Ele foi ontem é hoje e para toda eternidade.  Devemos a Ele toda honra e toda a glória, pois  Ele é digno.

Introdução

As circunstâncias que envolvem o nascimento de Jesus estão repletas de situações controversas e polêmicas, sobretudo, no que diz respeito aos magos e a data do seu nascimento. Essas discussões têm dividido opiniões até mesmo entre evangélicos.

Desta forma, há os que comemoram o natal mesmo cientes de que a data não corresponde aos fatos, e há os que consideram a comemoração um ato de heresia, por estar relacionado a uma prática pagã. De qualquer forma, trata-se de um assunto bíblico o qual não pode ser desconsiderado e, enquanto evangelizadores de crianças, não podemos disperdiçar as oportunidades de falar sobre essa temática. 

Procedimento

Iniciar a aula fazendo uma sondagem a respeito do conhecimento relativo ao tema. Apresentar alguns vídeos e clips que tratam do assunto e em seguida, proceder ao estudo Bíblico,propriamente dito, com apoio de um roteiro previamente elaborado para esta finalidade. 

Contação de História

As Profecias Messiânicas no Antigo Testamento

O Antigo Testamento apresenta muitas profecias com requintes de detalhes sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré, o que foi, posteriormente confirmado, assim nos levando a crer ser Ele, Jesus, o prometido de Deus e Salvador da  humanidade.

Em Gênesis 3:15 há uma profecia de que o enviado de Deus  seria semente de uma mulher. Esta afirmação se cumpriu em Lucas 2:7. Em relação a descendência de Davi, Isaías 9:7 afirma e Mateus 1:1 confirma. Malaquias , também profeta messiânico fala no Capítulo 5, versos 2, sobre o lugar do seu nascimento, fato que se comprova em Mateus 2:1 e Lucas 2:4-7.´

Um Tempo Determinado para o Cumprimento das Escrituras

Quanto a data, propriamente dita, não há referência precisa, porém em Daniel 9:25-27, fala de um tempo determinado em que se cumpriria todas essas coisas e esses fatos profetizados no passado se cumprem em Lucas 2:1-7. Isaías afirma no Capítulo 7 verso 14 que o messias nasceria de uma virgem, essa profecia se confirma em Mateus 1-18.

Livros que Tratam sobre o Nascimento de Jesus no Novo Testamento

Mateus e Lucas são os únicos que escreveram sobre o nascimento de Jesus. Suas características discursivas se diferem por se tratar de pessoas de cultura e origens diferentes.

Mateus era  judeu e ex-cobrador  de impostos e Lucas médico,  considerado gentio por ser de origem grega. Não se sabe exatamente onde ele nasceu, o que é certo é que vivera na Antioquia da antiga Síria. Conheceu Paulo durante uma viagem e se tornaram amigos e parceiros na obra   missionária. Embora suas narrativas se diferem, não se contradizem, ao contrário, se complementam e são dirigidas a um público específico.

Característica das descrições de Mateus

A narrativa em Mateus está na terceira pessoa. Seus escritos se destinavam aos    judeus. Desta forma,  se apóia em revelações proféticas do Antigo Testamento para comprovar a tese de que Jesus era o messias esperado.

Inicia a narrativa já no  primeiro capítulo, discorrendo sobre a genealogia do povo judeu começando de Abraão até chegar em Jesus, enfatizando a sua descendência judaica e apontando a sua linhagem real por meio de Davi, como uma forma de legitimar a autenticidade dos fatos descritos.

Da segunda parte em diante do primeiro capítulo, seguindo-se até o capítulo 2, discorre sobre as circunstâncias do nascimento de Jesus, a visita dos magos e a perseguição de Herodes, seguindo-se a fuga para o Egito e posterior retorno quando então José fixou residência, juntamente com sua família em Nazaré, na Galiléia.

Descrição do nascimento de Jesus segundo Mateus

Mateus inicia a descrição relativa ao nascimento a partir do versículo 18 do mesmo capítulo, com a seguinte fala: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe desposada (prometida, noiva) com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt.1:18).  

Um anjo Aparece em Sonhos a José

Na sequência relata que José sabendo não ser o pai, pensou em abandoná-la e passou a arquitetar uma fuga (Mt.1:19), porém, conhecendo-lhe as intenções, eis que lhe apareceu um anjo em sonho e confirmou que o filho que Maria estava gerando em seu ventre fora concebido pelo Espírito Santo (Mt.1:20) e que cabia a ele ajudá-la no cumprimento de tão honrosa missão. José compreedeu e aceitou

Cumprimento da Profecia de Isaías

Na sequência da anunciação, falou que o  menino deveria se chamar Jesus (Mt.1:21-22) e que tudo seria de conformidade com a profecia de Isaías dita 700 anos antes: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel” (Is.7:14). O significado do nome Emanuel  é Deus conosco. A referência ao profeta foi um argumento contundente para que José aceitasse a missão

Ao despertar, José fez conforme lhe havia dito o anjo, permanecendo junto à Maria e, segundo o que está escrito, ele: “não a conheceu até que desse à luz a seu filho, o primogênito”(v.25). O que significa que não a tocou durante esse período, o que não significa que depois do nascimento não tiveram uma vida conjugal normal. 

Os Magos do Oriente

A narrativa da primeira parte do segundo capítulo trata sobre a visita dos magos vindo do oriente seguindo uma estrela à procura de uma menino, que seria rei em Israel, segundo a profecia  messiânica de Miquéias (Mq.5:2).

Em Mateus há referência a esse texto: “e tu Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá, porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel” (Mt.2:6).

A procedência desses magos é muito vaga. Não há menção quanto a origem dos mesmos, apenas a afirmação de que  vinham do oriente (Mt.1:1). De conformidade com o contexto geográfico da época, oriente era toda região localizada a leste do Jordão: Transjordânia, Persa, Arábia e Babilônia. A única certeza que se pode ter desse fato é que eles tinham conhecimento das Escrituras, pois seguiram a descrição do profeta Miquéias para chegarem a Belém.

Os Presentes dos Magos

A Bíblia não descreve a quantidade de magos, diz apenas “uns” (Mt.2:1b). A tradição convencionou dizer que eram três, com base em registros de fontes não aceitas canonicamente, denominados apócrifos e outras fontes não comprovadas.  O que se sabe, na verdade, é que trouxeram três presentes. O termo mago, naquela época, era muito utilizado para se referir aos estudiosos da astrologia, cientistas, pessoas de grande conhecimento.  

Simbologia dos Presentes

Segundo os costumes da época, não se chegava à presença de um rei sem apresentar presentes caríssimos. Quando os magos se propuseram a ir até Belém em busca do menino que seria rei em Israel (Mt.2:6), levaram consigo o que tinham de melhor para dar-lhe de presente, ouro, mirra e incenso. Simbolicamente, atribui-se significados a esses presentes, os quais seguem abaixo:

·        O ouro era sinônimo de nobreza, de realeza, presentes oferecidos a reis.
·       
A mirra era uma resina antisséptica, extraída de ervas de sabor amargo, muito usada para embalsamar corpos. Representava imortalidade (vida eterna). O suposto sabor amargo representava o sofrimento que Jesus teria que enfrentar, posteriormente, na condição humana.
·       
O Incenso  simbolizava a espiritualidade, a presença de  Deus.

Assim, de conformidade com a simbologia dos presentes, Jesus foi homenageado como rei (ouro), como Deus (incenso) e como homem (mirra).  

 A Dissimulação de  Herodes

Como os magos não sabiam exatamente onde encontrar o menino Jesus, sairam a perguntar em  Jerusalém se alguém tinha notícia desse fato (Mt.2:2). O boato  chegou até Herodes que não se agradou com a possibilidade de haver  um sucessor no trono (v.3).

Porém dissimulou a contrariedade e mostrou-se solícito para com os magos questionando sobre como ficaram sabendo desse fato (Mt.2:4) e, até mesmo arriscando um palpite do caminho  provável para localizá-lo (v.8). Pediu, cordialmente, para ser informado, caso o encontrassem pois também gostaria de prestar-lhe homenagem (v:8b).

A Estrela como Guia

Após ouvirem a Herodes, seguiram viagem guiados pela mesma estrela que os trouxera até ali. Pararam quando a mesma se deteve em um determinado lugar onde constataram ser o local onde estava o o menino (Mt.2:9).
Conforme está escrito: “e entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt.2:11). Não retornaram à Jerusalém porque em sonho tiveram a revelação dos planos de Herodes, então partiram por outro caminho.

Fuga para o Egito

Ao perceber que fora enganado pelos magos, Herodes ficou furioso e mandou matar todos os meninos com menos de dois anos que haviam nascido em Belém. Avisados pelo anjo do Senhor em sonho quanto a intenção de Herodes, em meio à noite, José pegou sua família e foi para o Egito (Mt.2:13), lá permanecendo até a morte de Herodes. Mateus usa a profecia de Oséias para fazer alusão a esse fato, onde ele diz: “Do Egito chamei meu Filho” (Os.11:1).


Com a morte de Herodes, Arquelau seu filho assumiu o trono. José temeu retornar, mas, novamente instruido em sonho pelo anjo do Senhor, foi para a região da Galiléia na cidade de Nazaré, para que se cumprisse mais uma vez  o que fora dito pelo profeta: “Ele será chamado nazareno” (v.23).

É impressionante observar que quando alguém se coloca no centro da vontade de Deus, Ele se desdobra em  cuidados e proteção. Só nesse episódio, por duas vezes o anjo avisa José dos perigos, dando a ele as saídas estratégicas para escapar da ação do inimigo.  E assim também é para com todos aqueles que o temem.


Características do Texto de Lucas

Lucas inicia a narrativa dirigindo-se a um suposto amigo chamado Teófilo (aquele que ama a Deus). Seu discurso apresenta uma certa intimidade com o interlocutor onde ele discorre  na primeira pessoa e, também, emite opiniões.

Após a introdução segue até o final da narrativa na terceira pessoa, traçando uma linha de raciocínio que abrange aspectos históricos e geográficos a fim de proporcionar uma visão panorâmica ao leitor gentio, a quem se dirigia, sobre a tese levantada de que Jesus era o messias enviado por Deus e Salvador da humanidade.

De conformidade com sua cultura e considerando o público alvo, escreve os textos em grego.  As riquezas de detalhes nos escritos denotam uma preocupação em proporcionar um entendimento claro e preciso da situação exposta.

Os gentios, em sua maioria,  não tinham acessoa às Escrituras e o que sabiam a respeito do assunto era pela tradição oral de testemunha oculares. Os escassos manuscritos que tinham acesso eram fragmentados deixando lacunas no entendimento.

 Assim, Lucas faz um estudo mais aprofundado de cunho histórico para que pudessem compreender melhor a missão de Jesus. Além do fator intelectual é indiscutível a inspiração divina, em ambos os casos, tanto de Lucas quanto de Mateus.


Anúncio do Nascimento de Jesus


Nesse texto, Lucas menciona de que forma Maria tomou conhecimento de que seria mãe do menino Jesus.Diz que “foi o anjo Gabriel, enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré” (Lc.1:26). A missão do anjo era anunciar a Maria os planos de Deus em relação a Jesus.


Apresentação do Anjo à Maria


Diz o texto que o anjo veio onde Maria estava, mas não pormenoriza onde. Certamente se encontrava em lugar reservado, distante de olhares, pois houve um diálogo entre os dois. Primeiramente o  anjo a saudou da seguinte forma: “Salve agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc.1:28).

Maria ficou certamente emocionada, mas demonstrou não estar  compreendendo  aquela situação. Então, o anjo lhe disse: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lc.1:30). Disse-lhe ainda: “Eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus” (v.31).

Durante o diálogo, o anjo descreve  a origem divina e a  magestade de Jesus e a extensão do seu poder espiritual.  Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó e o seu reino não terá fim” (Lc.1:32-33).


A  Preocupação de Maria


 Após ouvir tudo, Maria expõe a sua preocupação: “Como se fará isso,visto que não conheço varão? (Lc.1:34). Em resposta o anjo lhe diz: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e a virtude do  Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (v.35).

Após informar sobre a gravidez de sua prima Isabel que era estéril, afirma que: “para Deus nada é impossível” (Lc.1:37). Mediante todas essas coisas, Maria se rende ao Senhor dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (v.38). Somente então o anjo se retirou.


Belém o Berço de Jesus


Lucas começa relatando que já próximo do  nascimento de Jesus, César Augusto baixou um decreto obrigatório, convocando a todos para se alistarem em suas cidades de origem (Lc.2:1). Como José procedia da casa de Davi, saiu de Nazaré à Judéia, em Belém (Lc.2:3-4).

Chegando-se a cidade, Maria entrou em trabalho de parto. Como não havia lugar onde pudessem se hospedar, tiveram que improvisar um local não se sabe ao certo onde.  Em Mateus há a afirmação de que tratava de uma casa (Mt.2:11a).

A hipótese de se tratar de lugar reservado aos animais (estrebaria), consiste na fala do anjo aos pastores de que o menino seria encontrado em uma manjedoura – coxo, (Lc.2:12b) e também, na seguinte afirmação:“E deu a luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lc.2: 7).


Os Pastores de  Belém


Diz o texto de Lucas, que era noite e havia no campo, nas proximidades, alguns pastores trabalhando (Lc.2:8). “E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor” (v.9).

Mediante o espanto, o anjo disse: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas e grandes alegria, que será para todo o povo, pois, nas cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (v.9-10). Disse-lhes o anjo: “E isso vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura (artefato de madeira para servir alimento aos animais). 


A Orquestra Celestial


No mesmo instante em que o anjo falava essas coisas, eis que: “apareceu junto a eles uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória, glória a Deus nas alturas, paz na terra boa vontade para com os homens!” (Lc.2:12-14).


Testemunho dos Pastores


Tão logo ouviram a notícia, os pastores se dirigiram ao local indicado e, certificando-se sobre a veracidade dos fatos, deram testemunho do que lhes tinha sido dito sobre o menino. Todos se maravilharam (Lc.2: 16-17) e então os pastores voltaram ao seu trabalho glorificando ao Senhor por tudo o que tinham visto e ouvido (v.20).


A Circuncisão e Apresentação de Jesus


Passados oito dias do nascimento, o casal, José e Maria como judeus, levaram seu filho ao templo para ser apresentado e passar pela circuncisão. No ato, foi-lhe confirmado o nome que o anjo já lhe havia dado anteriormente (Lc.2:21).

Passados os dias da purificação José seguiu até Jerusalém para apresentar o menino ao templo, porque estava escrito na Lei, que todo primogênito fosse consagrado ao Senhor” (Lc.2:23).


Conclusão


Embora haja diferenças nas narrativas de ambos os autores, as informações se   complementam entre si proporcionando um entendimento claro dos acontecimentos. É  fato que existe algumas lacunas por falta informação, o que deu margem a tantas discussões e suscitou interpretações polêmicas.

Os pontos mais discutidos se referem aos magos, local provável onde se deu o nascimento e a questão da data 25 de dezembro instituída como data oficial para celebrar o nascimento de Jesus, fato que notadamente não corresponde a verdade. 

O motivo da escolha dessa data tem a ver com as  festividades do Antigo Império Romano em adoração ao deus sol.  Posteriormente à conversão de Constantino, o cristianismo se tornou religião oficial em Roma e, como forma de manter a tradição. Constantino substituiu essa data pela comemoração do nascimento de Jesus, agradando desta forma a todos, aos cristãos e pagãos. 

Esse é o ponto principal que tem dividido opiniões entre os evangélicos.


Sonia Oliveira


Veja aqui alguns dos Estudos disponíveis no Arquivo do blog:

  1. ISamuel - Resposta ao chamado de Deus
  2. Juizes - Período Teocrático 
  3. Sansão - Exemplo de Imaturidade 
  4. Gideão - Um Homem Revestido de Poder 
  5. Abimeleque - Ambição Sem Limites 
  6. José do Egito 
  7. Josué e Calebe - Enfrentando o Gigante do Medo 
  8. Josué - A Derrota de Ai 
  9. Palavra de Deus - Uma Mensagem Transformadora 
  10. Evangelizar é Preciso! 
  11. A Vontade Soberana de Deus 
  12. O Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade 
  13. Páscoa Cristã 
  14. Dons Espirituais 
  15. Missões com Excelência - A boa semente
  16. É Tempo de Despertar 
  17. Epístola aos Filipenses
  18. Virando as Costas para Deus
  19. A Oração de Habacuque
  20. Os Frutos do Espirito
  21. Jabez a Oração que Mudou uma Historia
  22. Os Escolhidos de Deus
  23. Compromisso com Deus
  24. Compromisso com a Verdade
  25. A Família sob Ataque
  26. Ageu a Reconstrucao do Templo
  27. Jonas a Misericordia de Deus
  28. Davi um Coração Quebrantado Diante de Deus
  29. Amor o Maior Mandamento
  30. Renovação Espiritual
  31. Como ser Forte nos Momentos de Fraqueza
  32. Elias Relacionamento e Dependência de Deus
  33. Colossenses Supremacia de Cristo
  34. Um Convite á Graça e Restauração
  35. Nova Criatura em Cristo
  36. Apressa-te Senhor em me Ajudar
  37. A Boa Mão de Deus Sobre Mim
  38. Naamã o Mergulho na Graça de Deus
  39. Asafe o Perigo de Perder o Foco
  40. Aprendendo a Ser Dependente de Deus
  41. Jó a Essência da Adoração
  42. Saber Esperar no Senhor
  43. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 1
  44. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 2
  45. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 3
  46. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 4 
  47. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 5
  48. Epístola aos Colossenses (Vídeo) - Introdução
  49. Santificação